Uma denúncia do Ministério Público de São Paulo revelou que Netinho de Paula, cantor e ex-vereador, teria realizado empréstimos com Ademir Pereira de Andrade, apontado como agiota ligado ao PCC. O documento obtido pela TV Globo cita 12 pessoas, incluindo Ademir e oito policiais civis, por crimes como corrupção, tráfico e lavagem de dinheiro. Apesar de seu nome aparecer na denúncia, Netinho não é alvo de investigação. O caso levanta questionamentos sobre a influência do crime organizado em diversos setores.
De acordo com o MP, Ademir atuava como operador financeiro da facção criminosa e era chamado por Netinho de “Banco da gente”. A quebra de sigilo telemático revelou mensagens entre os dois, incluindo conversas sobre pagamentos de empréstimos milionários. Em uma das trocas, o cantor menciona dívidas de R$ 500 mil e R$ 2 milhões, além de discutir juros. Além dos empréstimos, a denúncia cita um suposto envolvimento do pagodeiro em articulações para beneficiar membros do PCC presos em Mossoró (RN).
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Netinho de Paula se pronunciou após a repercussão do caso, negando qualquer envolvimento com a facção. Em um vídeo publicado nas redes sociais, o cantor afirmou que sempre foi contra “as coisas erradas” e criticou a tentativa de associá-lo ao crime organizado. Segundo ele, Ademir era apenas um fã e contratante de shows, com quem mantinha uma relação comercial. O artista também destacou que seu nome está sendo usado de forma sensacionalista, comprometendo a veracidade dos fatos.
Enquanto isso, a denúncia do MP avança e a Justiça de São Paulo decidirá se aceita ou não o caso contra os 12 acusados. O esquema revelado aponta uma aliança entre agentes públicos e criminosos para garantir impunidade e obter vantagens ilícitas. Entre os crimes investigados estão corrupção, tráfico, homicídios e sequestros. O MP solicita que os envolvidos paguem pelo menos R$ 40 milhões em indenizações pelos danos causados.