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‘Omissão, cegueira e egocentrismo’, define Bárbara Borges sobre Xuxa

Ex-paquita Bárbara Borges fez longo relato em suas redes sociais sobre período em que foi assistente de palco de Xuxa

Juarez Oliveira
Repórter do EM OFF

Lançado na última segunda-feira, 16, na plataforma GloboPlay, o documentário “Pra sempre Paquitas”, que conta a história das assistentes de palco do “Xou da Xuxa”, que fizeram enorme sucesso na década de 90 e chegaram a lançar discos com músicas que são lembradas até hoje, está dando o que falar. Muitas das ex-paquitas resolveram revisitar o período e contar situações que viveram nessa época, sejam elas boas ou ruins.

Um relato que se destacou nesta sexta-feira, 20, foi feito pela atriz e ex-paquita Bárbara Borges, que por meio de suas redes sociais compartilhou com seus seguidores fotos do período em que foi uma das assistentes de palco de Xuxa, mostrando registros com a própria rainha dos baixinhos, com a diretora Marlene Matos e outras paquitas. Na postagem, Bárbara faz um longo texto falando sobre o período e abrindo o coração sobre “as dores e as delícias” de ter sido uma paquita e realizado um sonho de milhares de meninas da década de 80 ,90 e 2000.

No texto em que intitula “Eu me liberto do Medo”, Bárbara Borges inicia falando sobre a realização de um sonho. “Eu fui muito fã das paquitas, eu fui uma paquita e eu vi meninas sendo paquitas depois de mim. Eu vivi a realização do meu sonho de infância de ficar ao lado da Xuxa e fazer parte desse mundo encantado da minha fada madrinha aos 16 anos. Eu vivi as dores e as delícias da realidade desse sonho e sempre busquei transformar e curar”, começou.

Em seguida Bárbara Borges conta que teve uma crise de choro após assistir ao 4º episódio do documentário e ressaltou que compreendeu que o documentário “se aprofundou muito nas questões difíceis e traumáticas daquela geração”, que no entanto, eram diferente da geração que ela participou. “Chegamos num momento em que Marlene fez seus ajustes para melhorar seu comportamento (não sofremos o mesmo que a geração anterior) e Xuxa seguiu na sua omissão, cegueira e egocentrismo. São muitas histórias dentro de uma mesma história”, seguiu.

Bárbara Borges lamenta que apenas um episódio do documentário para abordar as Paquitas Nova Geração e Paquitas Geração 2000 não é o suficiente para “aprofundar e explorar o que vivemos”. Além disso, ela ressalta que gostaria de também ter a oportunidade de “colocar os pingos nos is” com Xuxa, assim como foi feito com as primeiras paquitas, para tratar das “questões difíceis e traumáticas que também vivemos”.

E finaliza seu relato agradecendo à Xuxa e Marlene Matos por tudo o que viveu nos anos em que foi paquita e por tudo o que aprendeu nesse período. “Marlene e Xuxa: vocês duas são muito importantes na história da minha vida. Aprendi muito de quem eu sou através de vocês! Foram anos de terapia, foram anos pra me libertar da fantasia e da idealização. Eu enxergo vocês com meu coração, eu tenho vocês no meu coração, já perdoei vocês e sou muito grata por tudo. Me liberto do medo”.