Nesta quarta-feira (01), Pabllo Vittar está completando 30 anos e tem motivos de sobra para comemorar. Com hits que continuam na boca do povo, a cantora se tornou um dos nomes mais badalados da música brasileira. Em alta, o sucesso da drag queen tem rompido barreiras territoriais e alcançado públicos que nem ela imaginava.
Em entrevista, Pabllo Vittar falou sobre a data mais que especial. “Mas, neste país em que vemos todos os dias pessoas da nossa comunidade sofrerem violências absurdas, e morrerem, fazer 30 anos é muito emocionante. Por estar viva, e por poder fazer todos os dias o que eu gosto, viver da minha música e estar no palco”, iniciou ela em conversa com o jornalista Lucas Pasin, do UOL.
Ao ser questionada sobre carreira, a cantora rasgou elogios a Anitta e a colocou como referência. “A Anitta desempenhou um papel muito incrível de colocar o Brasil no VMA, e outros eventos, e a gente precisava dessa representatividade. Ela é a minha maior inspiração de carreira no Brasil. É autêntica. Mas eu também não tenho medo de ser quem sou e de fazer o que eu gosto”, pontuou.
COLHENDO FRUTOS
“Nunca imaginei estar onde estou hoje, mas sempre almejei. Joguei muito para o universo. E aí Deus falou: ‘Vou atender logo essa bicha, ela me pede todos os dias’. Mas fico feliz em ter realizado muitos sonhos, e quero realizar vários outros. Por mais que a nossa vida seja feita de altos e baixos, eu sinto, de verdade, que tenho conquistas”, continuou.
Em seguida, Pabllo Vittar afirmou que vem sendo cobrada por muitos fãs fora do país e que, em 2024, a carreira internacional ganhará mais força do que nunca. “Quero muito mais. Tenho previsto várias parcerias internacionais, e nacionais. Além disso, sou lembrada por grandes festivais europeus e americanos. Almejo sempre estar lá fora representando meu país. Mas vou fazer mais músicas cantando em inglês e espanhol no próximo ano. As pessoas pedem lá fora, e eu vou atender. Quero conversar cada vez mais com esse público”.
Por fim, a artista fez um desabafo ao falar sobre um outro tipo de cobrança: “Não gosto de pensar que a responsabilidade de inspirar outras pessoas está apenas nas minhas mãos. Tenho amigos que também trabalham e dão voz [para a comunidade LGBTQIA+]. Por mais que brinquem sempre ‘Pabllo, faz alguma coisa’, temos outras pessoas inspiradoras. E temos avançado muito para não perder as esperanças agora. Mas espero que daqui a 30 anos a gente tenha avançado muito mais”, concluiu.