Julgamento

Paulo Cupertino escreve carta a juiz e nega ter matado o ator Rafael Miguel

Crime ocorreu em 2019, quando o ator Rafael Miguel e seus pais foram assassinados a tiros na zona sul de São Paulo

Juarez Oliveira
Repórter do EM OFF

Preso pelo crime que tirou a vida do ator de Chiquititas, Rafael Miguel e de seus pais, em 2019, e preso desde 2022, após estar foragido por 3 anos, Paulo Cupertino Matias irá a júri popular na próxima quinta-feira, 10, no Fórum da Barra Funda, na zona oeste da capital paulista. Nesta quinta, 03, veio à tona uma carta de nove páginas, escrita pelo acusado, em que ele pede para ser solto alegando que é inocente.

Na carta, remetida ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), em junho do ano passado, Paulo Cupertino alega que está “clamando” por seus direitos. Cupertino pede liberdade, afirma que é inocente e que seus direitos “estão sendo negados” com “uma narrativa e fatos que não condiz [sic] com a verdade”.

Na carta, Cupertino afirma que as vítimas foram mortas “por perfurações de arma de fogo”, mas nega ter sido o autor dos disparos, alegando não haver provas disso. Os relatos, segue o réu, “supõe ou achão [sic] que eu efetuei os disparos […] só ouvirão [sic] os tiros ecelencia [sic]”, argumenta Cupertino, se desculpando por não se expressar ou escrever corretamente.

O crime ocorreu em 2019. Rafael Miguel, de 22 anos, era namorada da filha de Paulo Cupertino, Isabela Tibcherani, que tinha 18 anos na época. De acordo com a denúncia do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP), Paulo Cupertino matou o ator Rafael Miguel, o pai dele João Alcisio Miguel, de 52, e a mãe, Miriam Selma Miguel, 50, porque não aceitava o namoro dele com a filha. Segundo a denúncia, Cupertino disparou 13 vezes contra as vítimas.