A família de Marília Mendonça está novamente envolvida em polêmicas, após algumas semanas de calmaria no caso da disputa da guarda de Léo, filho da cantora com Murilo Huff. E desta vez, um grande acervo fonográfico inédito da Rainha da Sofrência, se tornou alvo de disputa judicial entre a família, empresários e gravadora.
Desde que o acidente matou Marília Mendonça em novembro de 2021, o acervo fonográfico da cantora está nas mãos da família da cantora, incluindo Murilo Huff, que agora responde pela guarda de Léo, da Som Livre, por conta de um contrato assinado em 2019, que concede à gravadora o direito de explorar comercialmente a obra da cantora e da Work Show, empresa fundada por Wander Oliveira, para administrar a carreira da cantora.
No entanto, as partes não tem chegado a um acordo para a administração dessas obras. O caso mais recente foi no início do ano, quando o empresário não concordou com o lançamento do dueto póstumo “De Quem é a Culpa?”, entre Marília e Cristiano Araújo. “Eu não gostaria que tivesse sido feito”, disse ele. Paralelo a isso, Wander contou que existe um pen drive com gravações inéditas, músicas lançadas em vida e outras produções, que podem ser lançadas com estoque para até 20 anos.
O conteúdo desse pen drive, com cerca de 110 arquivos, entre compilado de gravações, rascunhos de obras, gravações em voz e violão, se tornou objeto de disputa judicial. Segundo Wander, ele abriu mão da sua parte dos direitos das composições para o espólio que passará a ser gerido por Léo, filho da cantora, ao completar 18 anos. “Para mim, o pen drive pertence ao Léo. Eu gostaria que fosse entregue para ele. Ficou entendido que seria doado para o espólio, mas semanas depois, o advogado da família estava negociando com gravadoras”, disse.
Defesa se posicionou sobre o caso
Procurado, Robson Cunha, advogado da família de Marília Mendonça, reiterou que tudo que foi produzido por Marília Mendonça pertence à Som Livre, por conta de um contrato firmado em 2019, e confirmou conversas com a gravadora para o lançamento dos arquivos que estão nesse pen drive.
Robson também alegou desconhecer qualquer acordo para que o objeto seja entregue à Léo como lembrança afetiva e pontuou que o empresário também incluiu os arquivos do pen drive ao negociar o licenciamento de músicas inéditas de Marília Mendonça.
Apesar do interesse no lançamento e da disputa judicial, no momento, todas as tratativas sobre Marília Mendonça estão pausadas. “O Murilo, obrigatoriamente, precisa assinar todos os contratos que envolvem o Léo, o que ainda não aconteceu. Mas eu acredito que em breve deve acontecer“, explicou Robson Cunha.