O ator e modelo Reynaldo Gianecchini resolveu abrir o jogo e falar sobre os bastidores de sua vida pessoal e profissional. Aos 50 anos, o galã que era bastante presente em projetos na televisão, mas esteve ausente das telinhas nos últimos anos, passando a focar em outros trabalhos no teatro, cinema, e na área da moda, deixando de lado os papéis como protagonista em novelas, fato que fez em um longo tempo de sua vida.
Em entrevista para a revista Quem, Reynaldo comentou sobre o assunto, após diversos questionamentos sobre o “sumiço” de trabalhos audiovisuais na Globo, por exemplo, emissora em que era contratado. Soltando o verbo, o famoso não se poupou e afirmou que resolveu repensar sobre suas oportunidades como ator, indo para trabalhos diferentes e longe da TV.
“Entrei em uma fase pós-pandemia de repensar de verdade o que eu quero… Sou muito grato a tudo o que fiz na Globo e às novelas que me ajudaram a me desenvolvi como ator, mas chegou um momento que não queria mais ficar preso e fazer só novelas. Queria ir para novos lugares e experimentar novos formatos; comecei a questionar o que eu queria comunicar com o meu trabalho. Tenho tido uma realização profissional e pessoal diferente… Não é mais sobre ganhar dinheiro!”, iniciou Gianecchini.
Afirmando não se limitar em um rótulo de ser apenas um galã, o artista continuou: “Sempre tive esse posicionamento de não basear a minha carreira nas expectativas dos outros. Queria construir uma carreira em uma base sólida e não só na fantasia que exerço nas pessoas do ‘homem bonito e galã’. Eu na minha vida nem me acho galã, mas acho que os personagens príncipes que fiz criaram essa imagem que nunca me incomodou.”
Por fim, Reynaldo Gianecchini comentou sobre sua trabalho atual, sendo ele o espetáculo “A Herança”, que tem a estréia marcada neste mês de março no Teatro Vivo, em São Paulo. A peça retrata um homem maduro que vive um romance por um jovem mais novo, personagem interpretado pelo ator Bruno Fagundes, que também está a frente do projeto que tem mais de 6 horas de duração.
“É legal ter retorno financeiro, mas esse espetáculo não é sobre isso… É um grupo de atores que se uniu porque quer muito contar esta história. É um grupo de atores que acredita no poder da arte como integração e maneira de transbordar. Meu personagem carrega muita dor, foi um cara que viveu nos anos 80 e viu muitos amigos morrendo de aids. Tinha um medo. Acho que eu não sabia ao fundo sobre essa dor. Pesquisei muito. Fiquei muito abalado ao saber sobre o descaso do governo… Morreu muita gente, e esse descaso já era a homofobia. Eles chamavam a aids de ‘o câncer gay'”, finalizou o galã.