Saiba o que Justiça fez com Dj que agrediu e manteve modelo presa em cárcere privado

A Justiça de São Paulo garantiu, portanto, uma primeira vitória à modelo Gabriela Rank no processo em que ela acusa o ex-namorado, o DJ e produtor Fábio Uzun, de agressão física e cárcere privado. O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) concedeu medidas protetivas solicitadas pela modelo. Com a decisão, ele não pode se aproximar dela e precisa deixar o imóvel onde o casal residia.

Segundo informações divulgadas na última quinta-feira (18/12), Gabriela e Fábio se conheceram em agosto e, logo depois, em setembro, passaram a morar juntos. No entanto, em novembro, uma discussão culminou em agressão. “Foi do dia 27 para 28 [novembro]. Ele me bateu na cara, foi um tapa, minha cabeça foi para a parede, fez um corte, ficou inchado, sangrou”, relatou a modelo.

Diante do episódio, Gabriela registrou um boletim de ocorrência e, em seguida, acionou a Justiça com base na Lei Maria da Penha. A magistratura analisou o pedido e autorizou as medidas protetivas. Assim, a decisão prioriza a segurança e a integridade física e emocional da vítima.

Na decisão, à qual a coluna Fabia Oliveira teve acesso exclusivo, o juiz responsável avaliou que “há indícios de que os fatos se deram em decorrência de relacionamento afetivo e/ou em contexto familiar”. Por isso, o magistrado considerou “necessário o deferimento das medidas protetivas de urgência reclamadas diante das circunstâncias fáticas apresentadas.”

Além disso, o juiz ressaltou que a vítima apresentou fotografias que mostram “ferimentos visíveis”, o que reforça a configuração de violência doméstica. Dessa forma, ele determinou o distanciamento mínimo de 100 metros, proibiu qualquer tipo de contato e impôs o afastamento do DJ da residência e do local de trabalho da modelo.

ENTENDA O CASO:

Gabriela relatou, portanto, em conversa com a coluna, que conheceu o produtor no dia 21 de agosto deste ano e que, pouco tempo depois, decidiu morar com ele. A aproximação rápida marcou o início da convivência. Desde então, a relação avançou de forma intensa nas primeiras semanas.

Logo no começo, segundo a modelo, o convívio passou a incluir controle sobre seus contatos pessoais. Gabriela afirmou que só conseguia falar com familiares quando ele estava presente. Além disso, ela disse que permanecia dentro de casa e não mantinha amizades. “Ele não gosta que eu saia de casa, ele me deixava trancada, me impedia de ter amigas. Eu não podia pegar no celular e queria muito participar do Miss Universo, sempre foi meu sonho, e ele não quis”, declarou.

Além disso, Gabriela afirmou que recebeu ameaças do ex-companheiro, que teria dito que ela seria internada caso denunciasse a agressão. Segundo o relato, ela descobriu ainda que o produtor já se envolveu em episódios semelhantes com ex-namoradas. Assim, o depoimento reforça o contexto de controle e violência descrito no caso.

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