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SEGUNDO MÉDICO

Vera Viel ficará com sequela permanente após tratamento contra tumor raro; entenda

Vera Viel está ótima e em remissão de um tumor maligno mas que deixou sequelas

Hanna Carvalho
Repórter do EM OFF

A modelo Vera Viel foi diagnosticada com um sarcoma sinovial, um tipo raro e maligno de tumor, em outubro do ano passado. Mas passado o susto, ela está ótima e em remissão da doença, no entanto, o câncer deixou uma sequela: o linfedema. Em entrevista à CARAS Brasil, o oncologista Jorge Abissamra Filho explicou sobre o assunto e avaliou o caso da esposa de Rodrigo Faro.

O linfedema é uma condição que causa inchaço na perna esquerda devido a problemas linfáticos. “Minha perna ficou diferente, um pouco maior que a outra. Ela ficou com um inchaço que não sei se vai voltar 100%“, afirmou em uma live com a cantora e escritora Bianca Toledo.

Dr. Jorge Abissamra Filho, médico oncologista, explica que o linfedema é uma condição comum de se desenvolver em pacientes oncológicos após o esvaziamento linfonodal, ou seja, após a retirada das famosas ínguas. Como Vera Viel operou a coxa esquerda, trouxe essa consequência.

“O linfedema relatado por ela é muito comum quando se faz o esvaziamento linfonodal do membro acometido. Trata-se da retirada dos linfonodos (ínguas na linguagem popular) da região acometida pelo câncer”, pontuou.

De acordo com o profissional, os linfonodos são responsáveis pela maturação das nossas células de defesa, eles são pequenas estruturas que filtram a linfa e ajudam a defender o organismo. No caso de pacientes oncológicos, o Dr. Jorge esclareceu:.

“É o primeiro local [sistema linfático] onde as células tumorais migram antes de transformarem a doença metastático. Nas cirurgias de mama muitas vezes é necessário retirar a cadeia linfonodal da axila. No caso de Vera Viel, a cadeia linfonodas presente na vírilha”.

O médico oncologista, esclarece que o linfedema é permanente em pacientes que não têm essa cadeia linfonodal. Por isso, é necessário ter cuidado e evitar carregar muito peso para não lesionar a região. “Como elas são responsáveis talvez pela drenagem linfática do membro, pacientes que não tem essa cadeia linfonodal não fazem a drenagem fisiológica habitual da perna ou do braço, causando inchaco de difícil controle. Uma sequela permanente para resto da vida, que pode piorar sempre que esse membro carregar muito peso e se lesionar”, concluiu.