Treta familiar

Viúva e filho de Chorão brigam por herança deixada pelo cantor

Graziela Gonçalves entrou na Justiça contra Alexandre Lima Abrão e quer sua parte na marca Charlie Brown Jr.

Danilo Reenlsober
Repórter do EM OFF

Mais de 10 anos após a morte de Chorão, a banda Charlie Brown Jr. é alvo de nova polêmica. A viúva do cantor, Graziela Gonçalves, entrou na Justiça contra Alexandre Lima Abrão, filho do artista que é fruto de outro relacionamento. Ela alega no processo que tem “direito à herança deixada pelo artista” e reivindica seu direito sobre a marca Charlie Brown Jr.

A polêmica foi revelada pelo jornal Estadão nesta quinta-feira (25). A viúva de Chorão alega que o filho do músico firmou diversos contratos sem seu conhecimento. De acordo com a publicação, após a morte do vocalista em 2013, os direitos sobre a marca da banda foram divididos na proporção de 55% para Alexandre e 45% para Graziela.

A viúva de Chorão afirma no processo que Alexandre registrou a marca no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), “fazendo-se passar por seu proprietário exclusivo”. Antes de acionar o filho do cantor na Justiça, ela afirma que “tentou resolver o assunto de forma amigável”, mas não obteve retorno. “O sr. Alexandre se negou a transferir os direitos da marca Charlie Brown Júnior para a sra. Graziela”, disse a defesa.

Decisão

Segundo a defesa de Graziela, o juiz Guilherme de Paula Nascente Nunes concedeu uma liminar exigindo que o filho de Chorão transferisse para a viúva os 45% dos direitos da marca Charlie Brown Júnior a que ela tem direito. De acordo com o Estadão, Alexandre afirmou que pretende recorrer a decisão.

“As disposições da partilha judicialmente homologada não atribuem ao Alexandre a obrigação de registrar as marcas em nome de Graziela. Nada foi estabelecido a este respeito. Basta a leitura do que foi escrito”, alega o advogado de Alexandre, Reginaldo Ferreira Lima.

Chorão morreu no dia 6 de março de 2013. O vocalista do grupo Charlie Brown Jr. foi encontrado sem vida aos 42 anos de idade em seu apartamento, que ficava na Zona Oeste de São Paulo. Posteriormente, os laudos apontaram que a morte se deu em razão de uma overdose de cocaína.

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