Duas mulheres, que se apresentam como mãe e filha, estão sendo acusadas de forjar um diagnóstico de câncer para aplicar golpes. De acordo com denúncias, Ana Paula Menezes Sena, de 46 anos, e Drielle Menezes Sena, de 28, estariam usando a falsa doença para vender produtos inexistentes e conseguir doações.
Com o objetivo de convencer os internautas, foram publicadas fotos de cabeça raspada e até com catéter no braço. Nas redes sociais, muita gente colocou a boca no trombone e expôs a suposta farsa. Enquanto algumas pessoas disseram que contribuíram para uma vaquinha online, outras contaram que compraram rifas em prol do tratamento da moça.
Em conversa com o portal BNews, uma das vítimas da dupla o prejuízo que ele e outras pessoas tiveram: “Durante dois anos ajudei e divulguei muito o caso dessa menina… Foram pix e mais pix, rifas, caixão para a avó que morreu… Meu irmão reformou a casa delas e tinha empresário que doava mensalmente entre R$ 3 e 4 mil”.
MAIS E MAIS
No início do ano passado, a situação acabou ficando complicada para as duas mulheres. Isso porque, para entender melhor o estado de Drielle, uma pessoa solicitou um relatório assinado por um médico. No entanto, além de não recebê-lo, a doadora ainda foi tratada de maneira “extremamente agressiva” pela mais nova.
Mas não era somente na internet que mãe e filha agiam. Segundo o marido de uma prima, até mesmo familiares caíram no suposto golpe. “Elas me venderam eletrônicos, os quais nunca me entregaram, pediram valores emprestados para medicamento e exames aos quais também não pagaram. Pegou um celular para botar em rifa a qual não colocou e nem devolveu”, disse ele.
Vizinhos também denunciaram Ana Paula e Drielle Menezes: “Eu já chorei por elas, levantava de madrugada para procurar água de coco, levar Drielle para molhar os pés no mar, pois não saberia se, no dia seguinte, ela estaria viva. Além disso, elas faziam festa aqui no condomínio com valores virtuosos de custos. A mãe biológica fez uma festa de aproximadamente R$4 mil. Para quem tem uma filha com câncer e sem condições de comprar comida. [Ana] recebia mensalmente cestas básicas e doava as mesmas, pois detestava cozinha, ifood era no mínimo três vezes ao dia”, contou um deles.