AUMENTO DE CASOS !

Ministro da Saúde se pronuncia após internação de Hungria por envenenamento com metanol

O ministro Alexandre Padilha conduziu a reunião da Sala de Situação, que monitora e coordena ações com estados e municípios.

Neto Maciel, Repórter do EM OFF

O Ministério da Saúde adotou novas estratégias nesta quinta-feira (2/10) para enfrentar o aumento de intoxicações por metanol. O ministro Alexandre Padilha conduziu a reunião da Sala de Situação, que monitora e coordena ações com estados e municípios. Além disso, ele apresentou medidas para ampliar o suporte hospitalar e prevenir novos casos. No entanto, o governo federal se mobilizou após registrar surtos em três estados.

Durante o encontro, Padilha destacou a integração entre esferas governamentais e órgãos reguladores. “Quero reafirmar aqui o total alinhamento e sintonia do trabalho do Sistema Único de Saúde com os estados e municípios, da Anvisa com as vigilâncias estaduais, e o pleno funcionamento desse fluxo de informações”, afirmou. Ele também reforçou o papel da cooperação técnica na resposta ao problema.

Como resposta imediata, o governo destinou 4,3 mil ampolas de etanol farmacêutico a hospitais universitários por meio de parceria com a Ebserh. Portanto, o Ministério também iniciou a compra de mais 150 mil ampolas, que correspondem a 5 mil tratamentos. Dessa forma, as unidades do SUS vão receber os estoques de acordo com a necessidade de cada estado. A medida busca garantir cobertura nacional.

Paralelamente, a Anvisa iniciou uma chamada internacional para encontrar fornecedores do fomepizol, medicamento ainda indisponível no país. O Ministério solicitou urgência no processo. “Com essa ação, estamos mobilizando as 10 maiores agências reguladoras do mundo para que indiquem, em seus países, quais são os produtores do fomepizol”, explicou Padilha. A articulação inclui apoio de agências reguladoras estrangeiras.

DOAÇÕES PARA TRATAMENTOS:

Além disso, o Ministério pediu à OPAS a doação imediata de 100 tratamentos. A pasta também negocia a compra de outras 1.000 unidades com recursos do Fundo Estratégico. Segundo Padilha, mesmo com menos de 20 casos anuais em média, o momento exige precaução. “Essas são medidas preventivas do Ministério da Saúde”, declarou, apontando o aumento recente de notificações, principalmente em São Paulo.

TOTAL DE CASOS:

Mas, até agora, o CIEVS contabilizou 59 casos de intoxicação por metanol no Brasil. O estado de São Paulo concentra a maioria dos registros, com 11 confirmados. Outros cinco estão sob investigação em Pernambuco, além de um caso no Distrito Federal. O governo confirmou um óbito e apura outras sete mortes. “Reforçamos três recomendações fundamentais… É essencial saber de onde ela vem… Isso é ainda mais importante neste momento”, alertou Padilha.