Na madrugada desta segunda-feira (06), ocorreu um terremoto nas regiões da Síria e da Turquia, que também foi sentido em outras localidades próximas a esses países. Porém, o tremor que destruiu tantas zonas e pegou tanta gente de surpresa, foi previsto por um professor na manhã da última sexta-feira (03). Frank Hoogerbeets fez uma publicação em sua conta oficial do Twitter falando sobre a ocorrência de um abalo de magnitude 7,5 aproximadamente, justamente no local da tragédia.
Frank Hoogerbeets é um investigador da Solar System Geometry Survey (SSGEOS) – um instituto de pesquisa para monitoramento de geometria entre corpos celestes relacionados à atividade sísmica. Em seu tweet, o pesquisador fez a seguinte afirmação: “Mais cedo ou mais tarde haverá um terremoto de aproximadamente 7,5 de magnitude nesta região [marcada no mapa anexado ao tweet] (Centro-Sul da Turquia, Jordânia, Síria, Líbano)“.
O professor que parece ter sido ignorado, ainda fez uma outra publicação sobre assunto, porém, depois de que a tragédia havia acontecido. “Meu coração está com todos os afetados pelo grande terremoto na Turquia Central. Como afirmei anteriormente, mais cedo ou mais tarde isso aconteceria nessa região, semelhante aos anos 115 e 526. Esses terremotos são sempre precedidos por geometria planetária crítica, como tivemos em 4-5 de fevereiro“, declarou.
O abalo que ocorreu durante essa madrugada (ainda na noite de domingo no Brasil) foi de magnitude 7,8 e já deixou mais de 4.000 mortos e, segundo o governo turco, cerca de 14.000 feridos. O sismo durou cerca de um minuto e meio, e mais de 40 réplicas foram registradas a partir do terremoto principal. Inclusive, a última, de magnitude 7,7. Os números exatos de vítimas da tragédia não foram confirmados, porque ainda há muitas equipes de busca nos locais atingidos. Por serem regiões muito povoadas, milhares de prédios desabaram e o governo turco contabilizou quase 3.000 totalmente destruídos.
Muitos internautas ao redor do mundo comentaram na publicação do pesquisador com muita indignação por nada ter sido feito, visto que um cientista já havia falado sobre a ocorrência dois dias antes da tragédia acontecer. “Como você sabe disso? Por que os estados não estão agindo? Você sabia 2 dias atrás. Eles precisam acreditar em cientistas como você“, reclamou, um usuário do Twitter.
Mais cedo, em uma entrevista para o “Jornal Hoje”, da TV Globo, um especialista falou exatamente sobre previsões a respeito do assunto. O sismólogo e professor da USP Bruno Collaço afirmou que o encontro entre as duas placas tectônicas que entraram em atrito é extenso, com isso, outros terremotos podem acontecer nos próximos dias. Disse, inclusive que pode acontecer um tremor maior ainda que esse de 7,8. Apesar disso, explicou: “Não existe como prever terremotos, muito dinheiro já foi gasto em pesquisas nesse sentido e nunca surtiu nenhum efeito positivo”.