Em Barro Alto, região central de Goiás, duas pessoas foram detidas pela polícia nesta terça-feira (23) , após gravarem um vídeo dançando funk no túmulo de bebê de dois meses. Um deles diz na gravação que pretende “gravar um negócio interessante aqui “. A pena para crimes envolvendo violar ou profanar sepulturas, são de até três anos de prisão.
De acordo com o código penal: “Violar ou profanar sepultura ou urna funerária: Pena – reclusão, de um a três anos, e multa. Art. 212 do CP: Vilipendiar cadáver ou suas cinzas: Pena – detenção, de um a três anos, e multa.” Nas imagens, conseguimos ver o desrespeito ao som do funk e gestos obscenos. “A minha amiga pediu para prestar uma última homenagem a ela, e aqui está’‘, falou durante o vídeo.
Quatro pessoas podem ser vistas nas imagens caminhando pelo cemitério no vídeo. No entanto, no momento do roubo do túmulo, aparecem apenas duas integrantes do grupo, Dione Vaz Lemes Lima e Daniela Gouveia Santos. Dione está sentada no banquinho, enquanto Daniela grava, alegando que seria uma ‘homenagem’ a uma amiga. O jovem que está sob a influência começa a dançar sob um funk sexualmente tocando e os outros riem.
Segundo a defesa dos dois, a gravação foi feita “de forma impensada e sem nenhuma intenção em ofender e desrespeitar os mortos, tampouco seus familiares”. Os dois fizeram pedidos públicos de perdão e afirmam estar à disposição da Justiça. Após pagarem a fiança eles foram liberados. Quando aconteceu a violação, uma cidadã velava um parente próximo. Após a ampla divulgação do vídeo nas redes sociais e inúmeras pessoas ligando para a Polícia Civil, ocorreu a prisão. As pessoas que aparecem no vídeo foram reconhecidas pela polícia, que as prendeu enquanto trabalhavam.
“O caso tomou grande proporções na cidade, os moradores ficaram indignados. Começamos a receber denúncias de várias pessoas que prestavam velório de familiares e conhecidos, mas foram atrapalhados pelo barulho de funk no local. Estamos recolhendo essas denúncias, mas tudo indica que a dupla poderá responder pelo crime de perturbação funeral, afirmou o delegado do caso“, relatou o delegado da ocorrência.
Na web, o jornalista Luiz Bacci expõe a matéria e divide opiniões dos telespectadores. “Só pra lembrar que existe possibilidade da pessoa que morreu, gostasse de coisas do tipo e até mesmo pediu pra fazer isso aí! Inclusive, quando eu morrer não quero essas musiquinhas de tristeza não“, disse uma. “Esse mundo não tem mais jeito, fazem de tudo pra ter à fama. É muita babaquice. Final dos tempos”, opinou um humorista.