O blog da jornalista Juliana Dal Piva, do portal ICL Notícias, publicou nesta segunda-feira, 03, que dois ex-funcionários da embaixada da Hungria em Brasília, que foram demitidos após a hospedagem do ex-presidente Bolsonaro no local, estariam processando a representação diplomática cobrando direitos trabalhistas que não foram pagos.
A reclamação trabalhista foi protocolada no dia 27 de maio no Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região e foi movimentada para a 8ª Vara do Trabalho de Brasília, sob a relatoria do juíz Marcos Alberto dos Reis. Entre outros direitos que alegam não terem recebido após a demissão, os ex-funcionários reclamam o pagamento de verba rescisórias trabalhistas, além de danos morais.
Na reclamação trabalhista, a defesa dos ex-funcionários pede uma indenização de R$ 67.510,07. Além disso, a embaixada não estaria depositando regularmente as parcelas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), a que todo trabalhador tem direito. Segundo o blog da jornalista Juliana Dal Piva, estariam em aberto os depósitos referentes ao FGTS dos meses de janeiro, fevereiro, abril e maio de 2024.
A audiência para buscar solucionar o caso foi marcada para o dia 26 de agosto, além disso o juiz do caso enviou ofício ao Ministério das Relações Exteriores para que a Embaixada seja notificado e envie representante. Os dois funcionários foram demitidos da embaixada da Hungria após reportagem do jornal The New York Times revelar, em 25 de março de 2024, por meio de vídeos de circuito interno de TV, que o ex-presidente Bolsonaro se hospedou por duas noites na representação diplomática, em Brasília.