AGORA A POUCO

Presidentes dos Poderes da República fazem manifesto a favor da democracia

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se encontrou com líderes dos demais Poderes na manhã desta segunda

Danilo Reenlsober
Repórter do EM OFF

Após uma reunião em Brasília na manhã desta segunda-feira (9), presidentes dos Poderes da República emitiram uma nota em defesa da democracia na qual repudiam os ataques terroristas e golpistas realizados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Congresso Nacional, ao STF (Supremo Tribunal Federal) e ao Palácio do Planalto.

Assinam a nota conjunta Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República, o senador Veneziano Vital do Rêgo, presidente do Senado em Exercício, o deputado federal Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados e a ministra Rosa Maria Pires Weber, presidente do STF (Supremo Tribunal Federal).

“Os Poderes da República, defensores da democracia e da Carta Constitucional de 1988, rejeitam os atos terroristas, de vandalismo, criminosos e golpistas que aconteceram na tarde de ontem em Brasília. Estamos unidos para que as providências institucionais sejam tomadas, nos termos das leis brasileiras”, dizem os presidentes.

Em seguida, os quatro pedem calma à população brasileira e dizem que o País precisa retornar à normalidade. “Conclamamos a sociedade a manter a serenidade, em defesa da paz e da democracia em nossa pátria. O país precisa de normalidade, respeito e trabalho para o progresso e justiça social da nação”.

Os prédios oficiais dos três Poderes da República estão com acesso restrito na manhã desta segunda-feira, após os ataques de ontem. Apenas peritos e servidores autorizados podem entrar nas áreas mais atingidas pelos atos terroristas promovidos por bolsonaristas radicais neste domingo (8). O acesso da imprensa também foi restringido até a conclusão da perícia no local.

Ainda na manhã desta segunda, a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) e o Exército realizaram uma operação no Quartel-General do Exército, em Brasília, para desmontar o acampamento bolsonarista que estava montado no local. Cerca de 1.200 pessoas foram detidas. A operação cumpria decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que determinou que o fim de acampamentos golpistas.