Rádio EM OFF
TONS DIFERENTES

Caio Blat critica a Band por ‘Beleza Fatal’, causa climão e volta atrás

Caio Blat adotou um tom diferente após criticar publicamente a falta de pagamento pela exibição de Beleza Fatal na Band

Hanna Carvalho
repórter do EM OFF

Nesta quarta-feira (12), Caio Blat participou do programa Melhor da Tarde, de Catia Fonseca, na Band após criticar publicamente o fato de não ter recebido nenhum pagamento pela exibição da novela Beleza Fatal na emissora paulista. A controvérsia sobre o não pagamento de direitos conexos foi ignorada tanto pela apresentadora quanto pelo ator, que optaram por uma conversa mais positiva.

Estou celebrando pela segunda vez, que ela chega a todos os públicos, agora na TV aberta”, disse ele. “A Band tem uma tradição de novelas, eu vi novelas lindas na Band, como Os Imigrantes [1981] quando era moleque. Fico muito feliz que a Band esteja investindo e exibindo novelas, é muito importante pra gente”, apontou Caio.

“É muito incrível, porque é uma novela feita por empresas estrangeiras, de streaming, uma nova tecnologia, conhecendo nosso Brasil, valorizando nosso conteúdo, e depois repassa para a TV aberta”, explicou o ator. “É um novo modelo, um novo público, é muito importante esse sucesso, vai abrir muitas portas. Desejo que a Max produza muitas novelas nesse formato e que a Band acompanhe nessa parceria“, finalizou o intérprete do cirurgião Benjamin Argento no folhetim de Raphael Montes.

Tons diferentes

Na noite desta última terça-feira (11), no programa DR com Demori, da TV Brasil, Caio Blat havia adotado um discurso bem diferente sobre a exibição da novela na Band. “Fizemos a novela para a Max para abrir um novo campo de mercado. Imediatamente a novela foi vendida para uma emissora de TV aberta”, começou.

“A gente ficou feliz porque quer que ela chegue ao maior público possível, mas a gente não tem nenhum direito, nenhuma participação sobre isso. Trabalhamos para o streaming por um valor, para aqueles assinantes. Agora eles negociam, os direitos todos são deles. Podem revender e reprisar”, alfinetou o galã.

O artista ainda abordou o impacto das plataformas de streaming no mercado de trabalho. “Os atores acabam ficando para trás nessas mudanças de tecnologia. Sem ser no teatro, o ator é peão do sistema de mídia”, disparou.

“Nós não temos direitos garantidos. Não temos uma lei sobre os direitos conexos. Não tenho direito sobre minhas imagens. Qualquer novela ou filme que já fiz pode ser colocado no streaming sem me comunicar, nem me pagar. Os atores não recebem pelos filmes disponíveis nas plataformas, e as empresas de streaming vendendo assinaturas”, reclamou.

“Só existe direito autoral para o autor da novela e para o diretor. Os atores só têm os direitos conexos. A nossa imagem, voz e interpretação está presa ali. Só que não existe lei no Brasil de direitos conexos como no México, na Argentina, na Espanha e em Portugal”, completou.