Os telespectadores que assistiram ao “Faustão na Band” transmitido na noite desta quinta-feira (29), notaram que o programa diário começou de uma maneira diferente. Longe do palco, o Fausto Silva prestou uma homenagem a Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, que faleceu ontem. Com a atração devidamente gravada, a emissora de Johnny Saad precisou correr contra o tempo para não deixar o acontecimento passar em branco.
De casa, assim como já fez nos tempos de Globo, o apresentador reverenciou a história de Pelé e acabou se emocionando ao falar de sua convivência com aquele descrito como o maior jogador da história do futebol: “Com apenas 17 anos, ele encantou e surpreendeu a Suécia sendo campeão do mundo. Com 22 anos, foi bicampeão do mundo no Chile e voltou a morar na mesma pensão que vivia em Santos. Em 1966, foi massacrado pela violência e em 1970 foi o Rei da Copa no México, sendo tricampeão do mundo. Nenhum outro cara fez o que ele fez, muito mais do que isso, pois ele chegou a parar uma guerra na África, apenas para o povo ver o Santos jogar”.
“Em um jogo na Colômbia, o juiz expulsou esse cara, revoltando o público, que na sequência invadiu o campo e o juiz teve que anular a expulsão de Pelé. Todos os principais lances da Copa de 1970, que nem saíram gol, são lances antológicos do jogador… Eu fui repórter esportivo e acompanhei, durante muito tempo, a carreira de Edson Arantes Nascimento”, continuou o contratado do Bandeirantes.
Faustão ressaltou a cobrança sofrida pelo Rei: “Eu convivi com o Pelé e digo que a simplicidade foi a coisa que mais me emocionou e me surpreendeu. Ele foi um cara que nunca perdeu a calma com relação ao tratamento com o público. É só você imaginar uma época em que não havia internet e celular. Ele sempre conseguiu separar o Pelé do Edson Arantes, pois o Pelé sempre foi sinônimo da perfeição, mas esperavam que o Edson Arantes fosse a mesma coisa, fazendo com que muita gente o julgasse e fizesse maledicências”.
O pai de João Guilherme Silva fez questão de destacar a forma como o atleta se comportava, tanto dentro quanto fora das quatro linhas: “O Edson Arantes do Nascimento sempre foi um cara como qualquer ser humano, muito diferente do Pelé. Futebol tem nome a partir desse cara, que é Pelé. Houve uma pesquisa feita no século 20 e a pessoa mais conhecida do mundo inteiro, mais até do que marcas de refrigerante, de automóveis e políticos, foi Pelé”.
Por fim, o apresentador do “Faustão na Band” destacou um dos principais motivos pelo qual Pelé será eterno: “Por isso que, com tudo isso, ele jamais perdeu o equilíbrio e se perdeu na vaidade, que uma das coisas que mais acontecem. Ou seja, a vaidade destrói a inteligência, mas ele sempre foi muito sereno e muito equilibrado. Por isso, ele vai deixar esse legado que, por todas as gerações, será reverenciado e homenageado”.
Confira!