A professora de português, Claudia Gontijo, de 53 anos, acabou perdendo a maior parte dos seus bens em uma enchente. Ela, que vive em Amarantina, distrito de Ouro Preto, em Minas Gerais, com a família, teve um grande prejuízo com o ocorrido. Em 2020, a educadora participou do quadro “Quem Quer Ser um Milionário”, no “Caldeirão”, que ainda era apresentado por Luciano Huck.
Claudia contou ao EM OFF, que no dia em que a forte chuva fez com que sua casa fosse inundada pela água, ela estava trabalhando home office. Contudo, seu filho chegou mais cedo do trabalho e foi o primeiro a perceber que estava entrando água na residência. Sem saber da gravidade da situação, ela e a família pensaram em apenas puxar a água com o auxílio de um rodo, porém o nível já estava começando a ficar alto demais.
“A gente imagina isso sempre com outra pessoa. Situações de tragédia com pessoas que morassem em lugares diferentes do nosso, em condições sanitárias piores”, relembrou. “Foi tudo muito rápido, uma hora eu estava sentada na minha sala, tudo organizado, tudo ok, as coisas caminhando, e deu uma chuva muito forte”, relatou a educadora.
Antes da enchente invadir a casa de Claudia, o muro do imóvel de um zizinho já havia sido derrubado pela tempestade. Quando o marido da professora saiu para ajudar esse morador, o filho da pedagoga alertou os pais, e ela percebeu que a água começava a entrar pela porta da sala. Porém, ao tentar sair do cômodo, a participante do programa da Globo levou um susto ao ver que o portão de casa havia sido arrancado com a força da água. “O portão da minha garagem veio parar no meio do meu quintal”, disse ela.
Por ter um terraço, a família tentou levar alguns ítens para a parte de cima da residência, mas não conseguiu devido ao grande volume e velocidade que a água invadiu a casa. “Tem uma escada indo para o terraço que deve ter uns vinte degraus. A água chegou até o sétimo degrau da escada. Nós ficamos ilhados e com muito medo, porque no fundo tinha um haras, e a água fazia pressão no meu muro. O medo da gente era que a água que estava represada no haras estourasse”, contou Claudia.
Prejuízo após a enchente
Segundo Claudia, o prejuízo por causa da enchente foi grande. Ela revela que perdeu tudo o que tinha, pois não tiveram como resgatar os pertences, inclusive seu carro ficou submerso. Após o ocorrido, a educadora e a família foram resgatados e conseguiram ajuda de amigos para terem um lugar no qual pudessem ficar. A enchente aconteceu no dia 18 de outubro, e ela conseguiu recuperar poucas coisas.
“Nós perdemos tudo. Naquele momento a gente viu tudo nosso ir embora. A gente não conseguiu tirar nada”, afirmou. Quando ainda estavam na casa dos amigos, Claudia chegou a ir na casa para ver se havia algo para recuperar, mas percebeu que o prejuízo havia sido maior do que ela imaginava. “Fui ver o que tinha acontecido com minha casa, com minhas coisas, aí foi uma grande tristeza, que aí você contata as perdas”, continuou. Além disso, ela está em busca de conseguir organizar a documentação do carro e ter o seguro do carro para poder receber algum valor em dinheiro.
Apenas as roupas foram resgatadas após a enchente, mas em Amarantina, devido às chuvas, os moradores ficaram dias sem água. Como uma solução, eles tiveram a ajuda de pessoas que tem um sítio, e lá eles conseguiram lavar suas roupas. Ela revela que está morando em um sítio com a família, que é afastado da cidade, mas que está começando do zero. Na casa que estava, ela morava de aluguel. “Estamos recomeçando. Hoje eu conto única e exclusivamente com o meu salário de professora”, revelou.
Além da ajuda de um lugar para ficar, ela e família receberam algumas doações de cestas básicas e de amigos que também auxiliaram. “Aqui na casa onde estou era um sítio que eles alugavam para finais de semana, então tem camas. Minhas coisas estão ainda no chão espalhadas, mas as roupas estão lavadas, do que conseguimos recuperar”, disse ainda. Agora, o desejo de Claudia é de recomeçar e voltar à sua vida normal. “Começar de novo, com muita fé. Mas esses dias me envelheceram por muitos anos”, lamentou.
Confira:
Colaboração: Augusto Vianna