EM RECUPERAÇÃO

Gabriel Luiz, repórter da Globo esfaqueado, recebeu marmita envenenada

Durante participação no programa "Encontro" desta segunda-feira (09), o jornalista se emocionou ao receber mensagens de colegas

Bruno Pinto
Repórter do EM OFF

Uma notícia que deixou muita gente surpresa e apreensiva recentemente foi o atentado sofrido por Gabriel Luiz, repórter da TV Globo em Brasília. O jornalista estava chegando em casa quando foi covardemente esfaqueado por dois homens que roubaram sua carteira e seu aparelho celular. Devido aos ferimentos, Gabriel passou por cirurgias e chegou a ficar em estado grave.

Felizmente o repórter respondeu bem aos tratamentos e sua recuperação ocorreu de forma satisfatória. Em casa após o grande susto, o jornalista participou do programa “Encontro” e contou detalhes dos momentos de terror vividos naquela noite. Durante conversa, Gabriel surpreendeu a todos ao revelar que já chegou a receber comida que possivelmente estaria envenenada.

O repórter da TV Globo contou que a cena ainda toma conta de seus pensamentos e que precisa de muito esforço controlá-los e seguir a vida: “É uma dádiva estar vivo. Hoje eu me sinto esperançoso, estou bem, empolgado e pronto para a próxima. Eu também me sinto um pouco mais aliviado… As imagens de tudo aquilo que aconteceu ficaram na minha cabeça por um bom tempo e eu precisei de muita concentração comigo mesmo deixar isso passar”.

Mesmo estando cheio de cortes pelo corpo, Luiz disse que, naquele momento, não sabia do grave estado em que se encontrava: “Até a hora do momento mesmo eu não sabia que era tão grave, tanto é que eu fui correndo para a portaria do prédio para pedir ajuda. Eu realmente não tinha dimensão da forma que eu havia sido atingido… Na hora que todo aconteceu, eu não pensava que se tratava de um assalto”.

Gabriel, que disse ter conhecimento de técnicas de defesa pessoal, falou que não passou por sua cabeça que era um assalto: “Eu pensei que fosse alguém brincando. Como ele me pegou pelo pescoço, eu achava que era alguém brincando e cheguei a me perguntar o que estava acontecendo. Eu sequer reagi naquela hora por imaginar que alguém realmente estivesse brincando. Porém, quando ele começou a me esfaquear, vi que o negócio era sério”.

O jornalista contou que se recorda bem de um momento em que implorou para que os homens parassem com aquilo: “Eu lembro de tudo que aconteceu, não muito dos detalhes, porque tudo foi muito rápido. Lembro que teve um momento em que pedi pelo amor de Deus para eles pararem, para irem embora e me deixarem em paz. Lembro também dos vizinhos chegando e ninguém sabia direito o que fazer e eu falando para ligarem para o Corpo de Bombeiros”.

Traumatizado, o repórter disse que, por esse e outros motivos, não pretende mais voltar ao local em que morava: “As imagens ainda passam pela minha cabeça e eu fico muito assustado. Eu não estou em casa, tô na casa da minha família. Não quero mais voltar naquele lugar onde eu estava, até por conta de outras situações. Muita gente sabia o meu endereço e lá recebia muitos dossiês”.

Gabriel Luiz chegou a lembrar de um caso que deixou ele e sua família bastante preocupados: “Eu já cheguei a receber uma marmita lá em casa que não sabia a procedência. Não tinha nome de ninguém, não tinha absolutamente nada. Como meu pai é policial, ele falou pra não comer a comida, pois poderia estar envenenada. Então, tudo me leva a não voltar mais lá para perto e ficar mais recluso mesmo”.