BASTIDORES

Globo se pronuncia após protesto de funcionários e apresentadores

Nomes como Ana Maria e Patrícia Poeta apresentaram seus programas usando verde em protesto contra a emissora

Bruno Pinto
Repórter do EM OFF

Após tomar ciência da dimensão que o Movimento Esmeralda ganhou, a Rede Globo rompeu o silêncio e falou sobre o assunto. Surpresa com o número de colaboradores que aderiram ao movimento contra o assédio moral e sexual na emissora, o canal ligou o sinal amarelo. Nesta segunda-feira (22), nomes como Patrícia Poeta e Ana Maria Braga apresentaram seus programas usando verde em protesto contra o canal carioca.

Por meio de um comunicado, a Globo contou que está a par do movimento silencioso que está sendo feito e destacou a liberdade que cada funcionário possui. “A livre manifestação dos profissionais da empresa está em total alinhamento com a nossa gestão de transparência e diálogo permanente. Porém, de qualquer forma, a Globo reitera que não comenta casos de Compliance”, iniciou.

Além disso, a emissora dos Marinho disse que não admite quaisquer tipo de abuso e ressaltou os meios de denúncias disponíveis. “A Globo aproveita para reiterar também que a empresa mantém um Código de Ética em linha com as melhores práticas atualmente adotadas, que proíbe terminantemente o assédio e deve ser cumprido por todos os colaboradores, em todas as áreas da empresa”, continuou.

“Da mesma maneira, a Globo mantém uma Ouvidoria pronta para receber quaisquer relatos de violação de seu Código de Ética, que são apurados criteriosamente, com a punição dos responsáveis por desvios”, pontuou a emissora dos Marinho, que concluiu voltando a dizer que não comenta detalhes de casos de assédio.

“Nesse mesmo Código, assumimos o compromisso de sigilo em relação a todos os relatos de Compliance, razão pela qual não fazemos comentários sobre as apurações. Mas nosso sistema de Compliance também prevê o apoio integral aos relatantes, proibindo qualquer forma de retaliação em razão das denúncias”, finalizou a Globo.

REVOLTA

Batizado como Movimento Esmeralda, o protesto surgiu por conta de um caso revelado pela revista Piauí na semana passada. Segundo a revista, uma engenheira da Globo, ficticiamente chamada de Esmeralda da Silva, foi alvo de assédio por parte de quatro companheiros de trabalho. Por causa disso disso, a moça acabou desenvolvendo com transtornos psicológicos.