Ainda muito abalados com prematura perda de Paulinha Abelha, os integrantes do Calcinha Preta decidiram honrar com seus compromissos e retornaram aos palcos recentemente. Diante de uma das situações mais complicadas da história do grupo de forró, Daniel Diau, Silvânia Aquino e Bell Oliver revelaram detalhes do primeiro show que banda fez após a morte de Paulinha.
Os atuais três integrantes do Calcinha Preta participaram do programa “Encontro”, transmitido na manhã desta quarta-feira (30). Além de soltar a voz no palco da atração diária da Rede Globo, os cantores abriram seus corações e, além de relembrar de momentos especiais que viveram ao lado da eterna amiga, tentaram explicar tudo o que sentiram ao se verem cantando sem Abelha.
Ao ser questionado por Fátima Bernardes, Bell contou como ele e os demais integrantes ficaram em meio aquele momento de luto: “Foi um show encarado como um verdadeiro divisor de águas. Nós estávamos naquele misto de emoções, sem saber ao certo o que iria acontecer… Mas Deus é tão maravilhoso, que a gente recebeu uma multidão de fãs. Eu quero agradecer a todos os nossos fãs, principalmente a galera do Maranhão”.
Embora tenha dito que conseguiu manter a tranquilidade dentro do possível, Bell Oliver revelou que a aparição da amiga no telão o deixou muito emocionado: “Nós até que ficamos, de certa forma, tranquilos. Mas é lógico que tiveram momentos emocionantes. A abertura mesmo, quando a Paulinha apareceu no telão, foi muito difícil segurar a emoção. Porém, com a ajuda de Deus e de nossos fãs, deu tudo certo”.
O cantor falou que grupo continuará defendendo tudo aquilo que Paulinha fazia questão de exaltar e que preservarão a memória da eterna companheira de palco durante as apresentações futuras: “A gente tem uma missão aqui, que é continuar falando de amor, de estar sempre abraçando as causas, que é o que a nossa Abelha sempre determinava e estava ali para fazer”.
Silvânia Aquino comentou a relação de carinho e proteção de Paulinha com seus fãs LGBTQIA+: “Ela era defensora de algumas causas. Ela chamava todos os gays do Brasil de Schnauzers. Ele abraçou essa bandeira e defendia com unhas e dentes essa causa e eu vou continuar com essa causa também. Tem uma hora no show que a gente coloca ela no telão cantando e eu chamo as Schnauzers para subir no palco para cantar e dançar”.
Sil falou que Abelha não deixa “apenas” saudade, mas também um legado por tudo que ela representou: “Isso independe do que ela representa, do legado que ela deixou, a alegria, a humildade em pessoa. Ela era muito sábia, muito alegre, o lugar que ela chegava não passava, jamais, despercebida. Ela realmente era única, uma pessoa ímpar, que deixa saudade e nuca será esquecida”.
Por fim, Daniel Diau revelou que ficou tão emocionado durante o primeiro show, que ficou “sem reação” ao ver a imagem da amiga: “É algo impressionante, pois eu nunca vi a Paulinha reclamar de uma dor. Ela permanecia alegre mesmo se estivesse sentindo alguma coisa. Vai ser essa alegria dela que a gente vai continuar levando para toda essa galera. Na abertura, para cantar, eu engasguei mesmo e não sei nem se vou me engasgar aqui também”.