O âncora da CNN dos Estados Unidos, Jim Acosta, anunciou sua demissão ao vivo na última terça-feira (28), após quase 20 anos de carreira na emissora. Reconhecido por suas críticas contundentes ao ex-presidente Donald Trump, Acosta se despediu com uma mensagem firme: “Nunca é um bom momento para se curvar a um tirano”. A decisão foi tomada após um desentendimento com a CNN, que decidiu mudar seu programa para a meia-noite.
Em seu último programa, Acosta agradeceu à CNN pelas oportunidades que teve ao longo dos anos, destacando o trabalho jornalístico que teve o privilégio de realizar. Além disso, reiterou sua crença na importância da imprensa para responsabilizar o poder. “Sempre tentei fazer isso na CNN e planejo continuar”, afirmou. Sua saída acontece em meio a uma mudança na grade de programação, com o horário ocupado por Acosta sendo destinado aos jornalistas Wolf Blitzer e Pamela Brown.
A demissão de Acosta também gerou reações fora da emissora. O ex-presidente Donald Trump usou sua conta na rede social Truth Social para celebrar a saída do jornalista. Trump chamou Acosta de um dos “piores e mais desonestos repórteres da história”, acrescentando que o jornalista “falharia, não importasse onde fosse parar”. A relação entre os dois já foi marcada por intensos confrontos, como o ocorrido em 2018, quando Acosta questionou Trump sobre a retórica do presidente em relação à imigração.
A saída de Jim Acosta da CNN e a troca no comando de seu programa marcam o fim de uma era para o jornalista, que sempre se destacou pela postura crítica e pela busca incansável por respostas, especialmente em relação à administração Trump. Seu futuro profissional permanece incerto, mas é certo que ele continuará com seu compromisso de questionar o poder, seja na mídia ou em novas plataformas.