Nessa terça-feira (3), uma situação um tanto quanto embaraçosa aconteceu durante a transmissão do “Brasil Urgente”, da Band. Em meio à transmissão de uma reportagem sobre a greve que começou nessa terça em São Paulo, uma senhora chorando chamou a atenção do Datena e o âncora quis ouvir o que a trabalhadora tinha a falar para o repórter.
A senhora, visivelmente abalada com a situação dos ônibus e trens, falou com a reportagem. “Olha, eu venho da Cidade Jardim, pego lá. Aí o segurança do trem falou: ‘Vocês vão até o Jaguaré, a gente vai fazer o retorno até a Mendes’”, narrou a entrevistada. “Quando a gente tava dentro do ônibus, sentados, chega aqui e mandam todo mundo descer, porque aquele voltou pro Jaguaré”, continuou.
A trabalhadora seguiu contando o que haviam dito sobre os transportes, mas ela afirmou que já não acredita mais em nada. “Eu vou entrar no ônibus e não sei pra onde eu vou. É complicado, é falta de respeito total do governador”, acrescentou, quando, então, começou a falar sobre o governador Tarcísio de Freitas ao vivo para o jornal.
“É sua culpa, governador, a gente estar passando isso aqui. Você vem pra cá, fica aqui no meio da gente pra você ver como é fácil trabalhar desse jeito, tá bom? A gente não é cachorro, a gente é cidadão. Você tem que respeitar as pessoas”, declarou a trabalhadora. Na sequência, afirmou que era uma pessoa honesta, que pagava impostos e tinha problema de saúde.
Depois de declarar ser uma pessoa trabalhadora, seguiu sua fala para o governador. “Você tem que ter um respeito pela gente, a gente votou em você. Pra mim, você não passa de um cachorro, descarado, sem vergonha. Só tirando nosso dinheiro. É isso que você é pra mim, tá? Pra mim você não passa de um lixo”, finalizou a entrevistada, compreensivelmente, bastante chateada com toda a situação.
No final da transmissão é até possível ouvir a senhora pedindo desculpas ao repórter por sua fala. Tudo isso poque, nessa terça-feira, começou, em São Paulo, uma greve de ônibus e trens. A paralisação é contra a concessão de linhas da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e do Metrô à iniciativa privada e a desestatização da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo).