O debate entre os candidatos à prefeitura de São Paulo realizado na noite do domingo, 15, pela TV Cultura foi mais uma oportunidade que os candidatos tiveram para apresentar as suas propostas para comandar a maior cidade da América Latina pelos próximos 4 anos. Ricardo Nunes, Guilherme Boulos, Pablo Marçal, Tabata Amaral, José Luiz Datena e Marina Helena se reuniram no que deveria ser mais uma oportunidade de discutir ideias para o futuro de São Paulo, mas que foi mais uma vez transformado em teatro.
Assim como nos debates anteriores, o debate da TV Cultura foi marcado por provocações do candidato Pablo Marçal aos demais candidatos, a frente e por trás dos microfones. As provocações de Pablo Marçal acabaram tirando do sério o candidato José Luiz Datena. Em determinados momentos, Marçal chamou Datena de “Jack”, uma gíria comum nos presídios para se referir a estupradores. E Datena acabou deixando seu lugar no púlpito, pegou uma cadeira e arremessou contra Marçal. Após a confusão decorrente dessa tentativa de agressão, o mediador do debate chamou um intervalo, Datena foi expulso e Pablo Marçal deixou o debate afirmando estar se sentindo mal.
Nas redes sociais, Pablo Marçal usou o episódio para criar uma narrativa de que a tentativa de agressão de Datena contra ele tinha lhe ferido e postou um vídeo em que era resgatado por uma ambulância, até mesmo com a necessidade de receber mascara de oxigênio. Momentos depois postou uma foto em um leito de hospital. No entanto, um detalhe da foto chamou a atenção, que é a cor da pulseira usada por Marçal.
De acordo com o protocolo de Manchester, os pacientes que chegam em uma unidade de saúde em busca de atendimento são classificados, de acordo com uma classificação de risco, utilizando-se cores, que são assim representadas: vermelho: emergência; laranja: muito urgente; amarelo: urgente; verde: pouco urgente, pode aguardar atendimento; azul: não urgente, pode aguardar atendimento.
Acontece que a cor da pulseira apresentada por Marçal é a verde, que de acordo com a classificação de risco é a segunda menos grave, para pacientes que podem aguardar atendimento sem nenhum problema ou até mesmo serem encaminhados para outra unidade. No entanto, além da postagem em um leito de hospital, Pablo Marçal usou a situação para comparar a tentativa de agressão sofrida com o atentado ocorrido contra Donald Trump e a facada sofrida por Jair Bolsonaro, postando uma foto em que aparecem as três situações juntas.
Até mesmo entre os próprios seguidores de Pablo Marçal ridicularizaram a forma como o episódio foi retratado nas redes do candidato, que virou motivo de piada. “Faltou desbloquear o código da cadeirada, rapaiz foi só uma cadeirada o homi com máscara de oxigênio indo de ambulância kKkkKkKkKkK”, comentou um. “Uma cadeirada uma zuada dessa ? Rsrs”, disse outro. “Kkkkkk deleta que dá tempo mano! Foi uma cadeira e não um carro”, comentou mais um. “Uma cadeira lkkkkkkk e o cara na ambulância que isssssooooooo kkkkkkk O TEATRINHO”, comentou outro.