Marcos Mion apagou das redes sociais a publicação em que saía em defesa do humorista Leo Lins, condenado a oito anos de prisão por piadas com teor considerado preconceituoso. O recuo do apresentador, segundo fontes próximas, foi motivado por repercussões negativas internas na TV Globo e pela necessidade de conter desgastes à sua imagem pública.
Embora a emissora não interfira diretamente na vida pessoal de seus contratados, diretrizes internas e estudos contínuos sobre reputação e aceitação de seus talentos costumam orientar decisões estratégicas. No caso de Mion, o alerta vermelho já estava aceso.
Um levantamento feito no início de 2025 apontou que tanto o programa Caldeirão quanto o apresentador enfrentam resistência nas redes sociais. Comentários recorrentes chamavam Mion de “palestrinha”, “forçado” e “emocionado demais”. Embora o horário do programa seja considerado nobre e alguns quadros agradem ao público, o estudo concluiu que a figura central da atração ainda gerava rejeição significativa.
Esses dados foram determinantes na reformulação recente do Caldeirão, que conseguiu melhorar os índices de audiência. O mesmo espírito de cautela pode ter influenciado a decisão de Mion ao apagar o post em apoio a Leo Lins — atitude que soava contraditória diante da imagem de acolhimento e empatia que ele costuma projetar, sobretudo em relação a grupos minorizados.