Muitas emissoras recorrem aos filmes para tapar buraco na programação ou alavancar a audiência em suas sessões de cinema. Para isso, milhões são desembolsados pelos direitos de exibição, principalmente se tratando de produções internacionais. A Rede Brasil, emissora disponível no sinal digital e na TV por assinatura, se viu no centro de uma polêmica pelo assunto.
No último sábado (23), o canal foi acusado por parte do público por ter exibido “Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa” sem ter os direitos. O filme, cujo ainda não estreou no streaming, foi exibido pela Record TV no “Cine Maior”, em fevereiro. A emissora da Barra Funda é a única que tem os direitos entre os canais da TV aberta, além da Sony, disponível na TV por assinatura, conforme apurado pela reportagem.
“Se a Rede Brasil não fechar agora com um processo da Marvel/Sony, ela não fechará mais”, disse Fernando Machado. “Rede Brasil passou de todos os limites da PIRATARIA exibindo Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa!!!”, falou um usuário do Twitter chamado Enzo. O perfil Loung Live Kanon publicou um suposto print da tela. “Que doidera é essa? A RBTV passou Homem Aranha sem os direitos do filme. Sony e as operadoras de TV por assinatura vão deixar por isso?”.
Em nota, a Rede Brasil nega as acusações de pirataria feitas por telespectadores e ressalta as exibições só de produções em que possui os diretos. A emissora também ameaçou processar todos os envolvidos nas afirmações, assim como veículos que noticiaram as acusações sem checar a veracidade.
“A Rede Brasil de Televisão comunica que tomará todas as medidas jurídicas e criminais contra pessoas e/ou site/veículo de comunicação que plantaram notícias falsas à respeito de sua programação. Informamos ainda que cumprimos à risca nossos contratos e que, em hipótese alguma, exibe produtos que não estejam devidamente autorizados”, diz o comunicado divulgado no site da emissora e plataformas.
A Rede Brasil é uma emissora que alcança 80% das cidades brasileiras através da TV digital, além de está disponível na TV por assinatura através de algumas operadoras que disponibilizam o serviço. Nos últimos anos, o canal tem apostado em uma programação diversa e com produtos atrativos, como a novela chinesa “Ode To Joy”, que ganhou o nome de “Hino à Alegria”.
O canal se destaca por investir e exibir filmes, desenhos e séries antigas na programação. A empresa pertence a Marcos Tolentino, um dos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro.