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CAOS!

Repórter da Globo é atacado e furtado por foliões ao vivo no Rio de Janeiro

Além de ser atacado por foliões, Josué Amador ainda teve seu celular furtado durante a reportagem

Hanna Carvalho
Repórter do EM OFF

O Carnaval 2025 começou oficialmente por todo país nesta sexta-feira (28) e as ruas já estão lotadas de foliões. Entre a diversão e alegria, existem pessoas mal-intencionadas, e um exemplo disso foi registrado ao vivo e vivido por um repórter da Inter TV RJ, afiliada da Globo. Josué Amador estava passando informações sobre o movimento em direção à Região dos Lagos e Região Serrana neste feriado, quando um grupo de pessoas passou e jogou por todo seu rosto, no centro do Rio de Janeiro.

O incidente gerou a revolta da âncora do jornal, que criticou a falta de sensibilidade dos jovens. “É Carnaval, eu sei que as pessoas querem curtir, querem aproveitar, mas, acima de tudo, tem que respeitar quem está trabalhando“, opinou, acrescentando que o colega estava cumprindo seu papel de informar a população.

A jornalista ainda classificou o ato como “inadmissível” e afirmou que é assim que as confusões começam em locais públicos. “Então, coloque a mão na consciência. Na hora que você sair de casa, pense no outro. Pense no ambulante que está ali. Pense na pessoa que está varrendo a rua. Pense no repórter que está passando informação. Isso não pode acontecer, não, viu?“, concluiu, revoltada.

Furtado ao vivo

O vídeo rapidamente repercutiu nas redes sociais, e os internautas perceberam outro incidente durante a reportagem. Após ser atingido pela espuma, o jornalista teve o celular, que estava em sua mão, levado por um dos foliões. “Meu Deus, tadinho do repórter. Além da espuma nos olhos, foi assaltado ao vivo, que cena horrível“, escreveu um usuário. “Que absurdo!! O repórter foi assaltado ao vivo. Esse é o nosso país“, comentou outro.

Nota de repúdio

A Inter TV RJ divulgou uma nota de repúdio sobre o caso, esclarecendo que o aparelho foi recuperado e que Josué está bem. “Graças à ação rápida da equipe de segurança da Escola de Samba União de Maricá, que estava por perto, o equipamento foi recuperado e o profissional nada sofreu“, explicou em um trecho.

O comunicado também destacou que ataques a jornalistas “representam uma ameaça à liberdade de expressão, princípio que deve ser respeitado por todos“, ressaltando que o trabalho desses profissionais deve ser valorizado, pois “é através da informação que construímos uma sociedade mais justa e consciente“.

O repórter também se pronunciou através de seu perfil nas redes sociais. “Graças a Deus, vida preservada e celular recuperado. Obrigado a todos pela preocupação e torcida pelo meu bem-estar. Estou bem“, escreveu ele.