FALOU TUDO

Samuel de Assis se incomoda e rebate após ter orientação sexual questionada

O ator de "Vai na Fé" ainda "alfinetou" colegas de profissão que utilizam o número de seguidores nas redes sociais para conseguir mídia

Bruno Pinto
Repórter do EM OFF

Samuel de Assis, conhecido nacionalmente em todo o país por dar vida ao personagem Benjamin em “Vai na Fé”, novela que tem surpreendido a direção da Rede Globo por causa dos excelentes índices de audiência que vem registrando desde a sua estreia, abriu o coração ao falar sobre sua carreira, até então pouco conhecida por grande parte dos telespectadores, e soltou o verbo ao ter a sexualidade questionada.

Em entrevista concedida a jornalista Patrícia Kogut, do O Globo, o ator iniciou o bate-papo falando sobre a repercussão de seu personagem nas ruas: “A gente está muito feliz. Amamos, fazemos com amor, estamos felizes com essa história. Ela estar com todo esse sucesso é reflexo de muita coisa: da alegria de estarmos no projeto, da representatividade, de ali ter temas importantes. Recebo muito retorno do público. As pessoas falam de tudo: dão parabéns, dizem que estão vivendo coisas parecidas. Muita gente conta que está passando por isso, que viveu isso. Anônimos e famosos”.

“Sobre Benjamin, o maior assédio que eu sofro é por conta da representatividade. Dizem: ‘Estamos juntos, que bonito que você está lá na novela’. [O personagem] é um cara maneiro, bem-sucedido… Nunca passaram dos limites. No último fim de semana, fui brincar carnaval em alguns lugares e senti exatamente isso: as pessoas vêm falar que eu sou o cara da novela, o ‘nosso advogado’. É o que mais tem acontecido. Estão entusiasmadas de ser um homem preto ali bem-sucedido fazendo um advogado, sabe? É o que mais tem chamado a atenção”, continuou Samuel.

Na sequência, o ator comentou a quantidade de atores negros no elenco da trama das sete: “Eu acho que apesar de, infelizmente, ainda estarmos comemorando, em pleno 2023, o fato de suar e ter uma representatividade grande, isso é um marco histórico. É uma novela de sucesso, com 70% do elenco preto, sem ser novela de escravo, com pretos em todos os tipos de personagens. E dando audiência. É isso que a gente precisa provar para o Brasil ainda. E a gente dá audiência, sim. A representatividade é para todos as funções e todos os níveis. A gente tem diretor preto, produção preta e um grupo de autores com representatividade ali”.

Ao ser indagado sobre orientação sexual, Assis comentou uma possível identificação com alguns termos, como demissexual e sapiossexual, mas fez questão rebater o questionamento: “Eu posso até me identificar com várias dessas correntes. Mas estou num momento tão meu, tão feliz, mergulhado tão profundo nisso que acho que não quero e não vou falar sobre esse tipo de coisa. Meu momento agora é falar sobre meu trabalho”.

Por fim, Samuel falou sobre ter “poucos” seguidores em suas redes sociais: “Estou num caminho ok. Bem ok. Eu não era um ator grande, conhecido da mídia aberta. Eu tenho uma carreira longa, graças a Deus bem-sucedida, feliz, nos streamings, no teatro e no cinema. Este é o trabalho que está me dando isso pela primeira vez. Eu acho que agora as pessoas estão começando a chegar. O caminho inverso de você precisar ter seguidores para ter mídia aberta é que é o perigo. O fato de ter mídia aberta e partir daí conseguir seguidores é natural. A novela não tem um mês no ar. E eu já quadrupliquei o número de seguidores”.