O Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversão (Sated-RJ), se pronunciou após Gil do Vigor ser anunciado nesta quinta-feira (15), como parte do elenco de “Família é Tudo”, novela de Daniel Ortiz. O ex-BBB fará sua estreia como ator, apesar de não ter formação na área e nem mesmo registro profissional.
No folhetim, Gil do Vigor será um fofoqueiro de TV, ganhando a alcunha de “Gil do Veneno”. De acordo com informações cedidas pelo site Terra, essa foi a alternativa que a produção adotou para evitar problemas com o sindicato. Mas a atitude fomentou ainda mais uma briga que já existe entre a emissora do Marinho e o órgão.
Em uma conversa com Fábia Oliveira, do Metrópoles, o presidente da instituição, Hugo Gross, contou que tomará uma atitude drástica e abrirá uma queixa formal no Ministério Público, após a líder em audiência burlar as leis sindicais, mais precisamente a lei do registro.
“A gente não vai deixar isso acontecer [burlar a fiscalização]. Tenho certeza de que não é um grupo de liderança e, sim, aquelas pessoas que perseguem, que acham que podem contratar quem quiserem, sem respeitar qualquer tipo de ator”, disparou ele, antes de completar:
“É aquela história que eu sempre falo: a célula mais importante que tem são os artistas. Então, essa não respeitabilidade a nomes como Carlos Vereza e Fernanda Montenegro tem que acabar. Esse moço [Gil do Vigor], está fazendo uma produção que tem direção, tem todo tipo de pessoas e que tem que ser pedida autorização. E chega um momento que a gente já está cansado porque eles querem burlar sempre”, reclamou.
Enfurecido, Hugo Gross foi ainda mais longe e ‘deu nome aos bois’: “Um bando de gente está desempregado passando necessidade. E a TV Globo não está preocupada com isso. E, na verdade, eu não acho que seja a TV Globo. Acho que é um nicho de pessoas e os cabeças lá que eu soube são o José Vila Marin e Francisco Acioli, diretores de elenco, que ficam lutando pra colocar esses influencers, achando que isso vai ter um feedback positivo, vão ter Ibope”, disparou.
O presidente do Sindicato ainda falou sobre a queda de audiência que a empresa enfrenta nas principais atrações: “E a gente vem notando que não tem ibope, que a audiência e a qualidade vêm caindo. Então, isso tem que ser revisto, sim, pela alta cúpula da TV Globo pra eles poderem ter a respeitabilidade”, analisou.
E continuou: “Eu não posso acreditar que é a alta cúpula. Porque, antigamente era o Boni que respeitava a categoria. Eles não respeitam isso. Eles sabem perseguir atores quando eles não gostam e ficam ludibriando as pessoas. Mas quando é para se cumprir a lei, eles não querem fazer”, queixou-se.
No fim, o presidente do Sated-RJ contou quais medidas serão tomadas a partir de agora: “A gente vai juntar todas as extras-judiciais que a gente fez e fazer um TAC, que é um termo de ajustamento de conduta. Porque a gente tem uma CCT [Convenção Coletiva de Trabalho] que é desrespeitada. O Sated vai acabar fazendo isso, botando no Ministério Público, como empresa. Tem que se respeitar, sim, chega disso”, afirmou.