James Harrison, um dos doadores de sangue mais notáveis do mundo, morreu aos 88 anos em 17 de fevereiro, em uma casa de repouso em Nova Gales do Sul, na Austrália, sua partida repercutiu nas redes socias nesta segunda-feira (3). Conhecido como “o homem do braço de ouro”, Harrison salvou a vida de mais de 2 milhões de bebês com seu plasma, que continha um anticorpo raro, o Anti-D. Este anticorpo é usado em medicamentos administrados a mães grávidas para prevenir complicações graves com seus bebês ainda não nascidos.
O histórico de Harrison como doador de plasma começou aos 18 anos e continuou até os 81, com doações regulares a cada duas semanas. Ele foi um dos maiores doadores do mundo, detendo o recorde de maior volume de plasma doado até ser superado por outro homem nos Estados Unidos em 2022. Harrison prometeu se tornar doador após receber transfusões de sangue durante uma cirurgia aos 14 anos, e sua generosidade teve um impacto vital na medicina australiana.
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A filha de Harrison, Tracey Mellowship, revelou que seu pai estava muito orgulhoso de salvar tantas vidas “sem nenhum custo ou dor”. Ela e dois netos de Harrison também receberam a imunoglobulina anti-D, um tratamento vital que protege bebês de um distúrbio sanguíneo chamado doença hemolítica do feto e recém-nascido, que pode causar complicações graves ou até a morte. A vacina anti-D tem sido crucial para proteger as mães e seus bebês desde a década de 1960.
Embora a razão exata pela qual o sangue de Harrison continha tanto anticorpo Anti-D não seja clara, acredita-se que a transfusão que ele recebeu aos 14 anos tenha contribuído para isso. Atualmente, existem menos de 200 doadores como Harrison na Austrália, mas eles ajudam cerca de 45 mil mães e bebês anualmente. A Lifeblood, instituição responsável pelas doações, trabalha com o Instituto Walter e Eliza Hall para replicar esses anticorpos em laboratório, com o objetivo de ajudar mulheres grávidas em todo o mundo.