A juíza Junia Maria Feitosa Bezerra Fialho, da 1ª Zona Eleitoral, converteu nesta segunda-feira (3/6) a prisão preventiva da vereadora Tatiana Medeiros (PSB), de Teresina, em prisão domiciliar. Desde 3 de abril, as autoridades mantinham a parlamentar detida no Quartel do Comando-Geral da PM do Piauí, após acusação de envolvimento em um esquema de corrupção eleitoral.
No entanto, mesmo com a mudança de regime, a Justiça manteve o afastamento de Tatiana do mandato na Câmara Municipal de Teresina (CMT). Além disso, a juíza determinou o uso de tornozeleira eletrônica e aplicou novas restrições. Porém, entre elas, proibiu o acesso à internet, a entrada nas dependências da Câmara e o contato com servidores da Casa.
Segundo a decisão, a Justiça vai reavaliar o monitoramento eletrônico no prazo de três meses. A defesa da vereadora argumentou que ela enfrenta transtornos psiquiátricos e ressaltou que o sistema prisional não oferece tratamento adequado para seu quadro de saúde.
Diante da situação, médicos internaram Tatiana no Hospital da Polícia Militar e, depois, no Hospital de Urgência de Teresina. A vereadora havia ingerido medicamentos em excesso para controle da pressão arterial, o que reforçou, segundo a Justiça, a necessidade de garantir cuidados médicos fora do presídio.

Por fim, o processo criminal segue em andamento. Tatiana Medeiros ainda responde como ré, investigada por crimes como corrupção eleitoral e organização criminosa. No último dia 22 de maio, a Justiça Eleitoral aceitou a denúncia contra ela e outras oito pessoas, dando continuidade ao caso.
TATIANA MEDEIROS TEM SURTO:
A vereadora Tatiana Medeiros (PSB), voltou a apresentar crises de pânico na noite desta última quinta-feira (29/05), enquanto estava sob custódia em uma sala do Quartel do Comando Geral (QCG) da Polícia Militar, em Teresina. O episódio ocorreu por volta das 20h30 e exigiu novo atendimento médico emergencial.
No entanto, a equipe de enfermagem do Hospital da Polícia Militar (HPM) foi acionada e realizou os procedimentos no próprio local. Durante o surto, ela gritava de forma desesperada, afirmando que iria morrer caso continuasse no local. Após ser medicada, a parlamentar recusou deitar na cama, desligou as luzes do cômodo e se deitou no chão, onde permaneceu por vários minutos.
